Sexta, 15 de Agosto de 2025
A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) manifestou seu apoio ao Plano Brasil Soberano, a resposta do governo brasileiro à imposição de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos.
Em comunicado, a BSCA afirmou: "A Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) entende que se tratam de medidas importantes, no curtíssimo prazo, as quais darão um direcionamento para o segmento no enfrentamento da crise".
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"As medidas anunciadas permitirão, ainda no curto prazo, que o setor dos cafés especiais do Brasil ganhe um fôlego pontual, assim como o próprio governo federal, para manter suas negociações, alinhando posicionamentos internamente e reforçando a sinergia com as entidades pares do setor privado do café nos EUA, de forma que seja alcançada uma solução definitiva e positiva nessa relação bilateral sobre o café", segue o comunicado.
A BSCA ressaltou a importância dos Estados Unidos como principal parceiro comercial para cafés especiais, com importações anuais superiores a 2 milhões de sacas, gerando uma receita de mais de US$ 550 milhões por ano.
A entidade defende que a inclusão do café na lista de produtos isentos da tarifa seria a solução ideal para o problema.
"Ao tempo que reforçamos a importância das medidas apresentadas para que o setor ganhe fôlego e consiga, junto ao governo, manter as negociações para que encontre uma solução, através do diálogo, para o restabelecimento do fluxo de comércio em condições justas entre Brasil e EUA". O Plano Brasil Soberano oferece uma série de medidas de apoio para empresas afetadas pela tarifa dos Estados Unidos, incluindo a criação de linhas de crédito com taxas mais acessíveis, adiamento de tributos federais por dois meses e a reativação do Reintegra, um mecanismo para ressarcir empresas por tributos ao longo da cadeia produtiva através de créditos tributários.